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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Navegar é preciso


Equipamentos viabilizam obras no mar


Desde os split barges (embarcações que transportam rocha para os aterros em alto-mar) até os bate-estacas instalados sobre flutuantes, a mobilização dos equipamentos usados nesse tipo de obra exige um planejamento apurado para a segurança da operação e dos operadores.

As operações de guindastes sobre flutuantes (cábreas) exigem cuidados especiais. Além de seguir a tabela de carga dos fabricantes, o usuário deve se certificar que o equipamento esteja fixado à embarcação por meio de cabos de aço, sendo que redundâncias nessas amarrações são bem-vindas. Este cuidado se faz necessário pois é comum um desses cabos romper durante a operação e ainda tombar o guindaste em alto mar, se não estiver bem fixado, comprometendo o equilíbrio de toda a barcaça, o que pode levar os demais equipamentos a bordo para o fundo do mar.

Sendo assim, não basta calcular apenas o peso do guindaste e dos materiais movimentados, é preciso distribuir eficientemente essa carga por todo o conjunto do flutuante de forma a proporcionar equilíbrio à operação. O conjunto do flutuante também deve ser ancorado de forma segura, seguindo critérios que variam de acordo com cada circunstância. 

Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, aponta que o Brasil precisaria realizar 265 obras de ampliação e recuperação de áreas portuárias nos próximos cinco anos, totalizando investimentos públicos de R$ 43 bilhões. O valor representa quase cinco vezes mais que os R$ 8,8 bilhões aplicados pelo governo no setor nos últimos 10 anos. Caso seja confirmada a projeção, isto representaria o maior salto já dado pelo país em direção à melhoria da logística de exportação.

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