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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Só descobriu o morrinho após alçar voo?

As lombadas estragam o carro, atrapalham o trânsito e nem sempre são instaladas com critério


As lombadas servem para induzir o motorista a aliviar o pé. Quando usadas com bom senso, elas funcionam. Onde estão instaladas, o número de acidentes e atropelamentos é reduzido a zero. O mais óbvio prejuízo que os quebra-molas trazem é o desgaste do veículo. Com o tempo, o esforço contínuo pode comprometer a suspensão e diminuir a vida útil de pastilhas e lonas de freio. Em impactos extremos, pode amassar rodas e até trincar a carroceria.

Outro efeito colateral causado pelas lombadas, são os acidentes quando a sinalização é inadequada. Além da perda de controle, há o perigo de um engarrafamento por conta de uma freada brusca. Até os preciosos segundos gastos pelos veículos de emergência entram na conta. Um estudo dos bombeiros de Austin, nos Estados Unidos, revela que equipes de regaste poderiam salvar mais 37 vidas por ano se não tivessem que passar por esses obstáculos. Em média, são de nove a dez segundos em cada lombada.

No Brasil, só na cidade de São paulo, de 22 942 lombadas, apenas 6 843 estão dentro das normas e cerca de 3 400 estão sendo padronizadas. O restante, mais da metade, é irregular. 

Alguns motoristas decidem encarar o quebra-molas, com o carro na diagonal. Contudo, o correto para atravessar e evitar danos é passar com as rodas da frente ao mesmo tempo. Além disso, evite frear em cima ou durante a travessia. O ideal é reduzir antes e passar acelerando levemente, diminuindo o solavanco. Caso seja surpreendido por uma lombada traiçoeira, freie forte e, pouco antes de entrar na lombada, tire o pé do freio e dê um leve toque no acelerador. Assim a dianteira do veículo levanta, aumentando o curso da suspensão.

Quebra-molas na medida certa:

Conheça as lombadas mais comuns usadas na Europa e nos Estados Unidos.

Chicante: Numa reta é acrescentado um “S” artificial, forçando os carros a reduzir a velocidade. Não prejudica os veículos nem aumenta a poluição sonora, pois não há freadas bruscas nem o balanço da carroceria.

Estreitamento: Chamado de choker nos estados Unidos, é um afunilamento da rua, por meio de prolongamentos da calçada. Mais “apertado”, o motorista tem uma percepção maior de velocidade e reduz.

Lombo-faixa: A faixa de pedestres é pintada sobre um quebra-molas muito largo. Em São Paulo e Curitiba existem alguns modelos.

Passagem única: Ideal para vias de mão dupla. O meio-fio invade a rua em um dos dois lados, liberando só uma pista. O fato de só possibilitar a passagem de um veículo por vez, reduz bastante a velocidade, mas causa congestionamento em vias com grande fluxo.

Pista texturizada: Em cruzamentos movimentados, utilizam-se tipos especiais de tijolos no piso. O ruído e a vibração diferentes ao passar por cima alertam o motorista.

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