O Brasil decide “driblar” dificuldades logísticas em Angola
A língua portuguesa aproxima o Brasil de países africanos como Angola e Moçambique e facilita a atuação de empresas brasileiras nessas regiões. É o caso de construtoras que atuam em projetos de construção civil, saneamento básico, construção de hidrelétricas e rodovias.
Apesar da boa receptividade do povo africano, apostar em projetos na África não é uma tarefa fácil. Além de exigir muita organização para vencer as barreiras logísticas, faltam ainda profissionais qualificados.
Os profissionais angolanos ainda não têm organização, capacidade de negociação, planejamento e controle. Porém, conforme os profissionais começam assumir cargos mais gerenciais, as mudanças culturais e organizacionais vão mudando.
Poucos produtos são fabricados no País e quase tudo utilizado é importado, desde água potável até equipamentos pesados. E isso se torna um dos principais desafios das empresas que pretendem trabalhar nessas regiões: vencer dificuldades logísticas.
Mas, alguns fatos como a estabilidade política dos últimos anos em países da África garantem uma nova “China” aos olhos dos investidores internacionais. Alguns outros principais grupos nacionais elegeram a África como prioridade. Entre investimentos próprios e execução de projetos, os negócios das empresas mineradoras Vale, Camargo Correa e CSN são da ordem de bilhões.
As áreas de interesse são diversificadas, como mineração, cimento, finanças, agricultura e petróleo. Diferenças culturais, de regime político ou opção religiosa não inibem os projetos. O momento é de investir na África por conta do preço dos ativos, ainda atraentes, do potencial de consumo e da busca de alternativas a mercados tradicionais, como Estados Unidos e Europa, ainda em ritmo fraco de recuperação.
A Vale está presente em seis países africanos e tem investimentos ao longo dos próximos anos da ordem de US$ 11 bilhões, entre compras de minas e obras de infraestrutura. Como costuma dizer o presidente da empresa, Roger Agnelli, “o mais encantador no continente é que cedo ou tarde tudo que parece ser apenas um projeto passará para o plano da realidade”.
E isso parece muito com o que acontece aqui no Brasil!
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