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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gurgel Itaipu E400 - O carro


1980 - Gurgel Itaipu E400

Em 1980, depois de cinco anos de estudo, outro veículo de tração elétrica, o Itaipu E400, ia para os primeiros testes. Tratava-se de um furgão com desenho moderno e agradável. Sua frente era curva e aerodinâmica, com amplo pára-brisa e pára-choque largo com faróis embutidos. Nas laterais havia somente os vidros das portas e os quebra-ventos; o resto era fechado. O painel era equipado com velocímetro, voltímetro, amperímetro e uma luz-piloto que indicava quando a carga estava por acabar. As baterias eram muito grandes e pesadas, cada uma com 80 kg e 40 volts. O motor elétrico era um Villares de 8 kW (11 cv) e girava a 3.000 rpm máximas. Apesar da potência ínfima, os elétricos conseguem boa aceleração porque o torque é constante em toda a faixa útil de rotações. Tinha câmbio de quatro marchas, embreagem e transmissão.

O consumo, se comparado a um carro a gasolina, seria de 90 km/l, mas a autonomia era pequena, de apenas 80 quilômetros. Para recarregar eram necessárias em média 7 horas numa tomada de 220 volts. Devido a este fator, era um veículo estritamente urbano. A velocidade máxima estava por volta de 80 km/h em grande silêncio, uma das grandes vantagens de um carro elétrico é não poluir com gases nem com barulho.

Primeiramente ele foi vendido a empresas para testes. Depois da versão furgão viriam a picape de cabines simples e dupla e o E400 para passageiros. O E400 CD (cabine dupla) era um misto de veículo de carga e passageiros, lançado em 1983. Com a mesma carroceria foi lançado um modelo com motor Volkswagen "a ar" e dupla carburação, que tinha a denominação G800. Ele trazia a mesma robustez e muito espaço interno para passageiros.

Na versão CD havia um detalhe curioso: três portas, duas na direita e a outra na esquerda para o motorista. Do mesmo lado, atrás, vinha um enorme vidro lateral. Ganhava o passageiro que se sentasse deste lado, pois tinha ampla visibilidade. O G800 pesava 1.060 kg e podia carregar mais 1.100kg, sendo um utilitário valente e robusto.
Atolada em dívidas e enfraquecida no mercado pela concorrência das multinacionais, a Gurgel pediu concordata em junho de 1993. Houve uma última tentativa de salvar a fábrica em 1994, quando a Gurgel pediu ao governo federal um financiamento de US$ 20 milhões, mas este o foi negado, e a fábrica acabou fechando as portas no final do ano.

2011

A frota oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conta agora com o novíssimo Ford Fusion Hybrid. Isto porque em visita ao 26º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, Lula recebeu da Ford o modelo que acaba de chegar ao Brasil e que vai transformar o mercado local de consumo na área automotiva.
Conforme procedimento padrão da Ford Motor Company do Brasil, o Fusion Hybrid foi entregue ao presidente em regime de comodato.
A vinda do Fusion Hybrid, que já é sucesso de vendas nos Estados Unidos, é realmente um divisor de águas na história automobilística do Brasil, à medida que coloca ao alcance do consumidor brasileiro o que há de mais avançado em tecnologia para automóveis voltada à sustentabilidade. Trata-se do primeiro híbrido completo por adotar a tecnologia do híbrido total (Full-Hybrid) por aqui. Ele combina um motor movido a gasolina com outro motor e gerador elétrico e é tão versátil quanto os modelos tradicionais movidos a gasolina e o incrível é que não depende de abastecimento na rede elétrica.


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