Para garantir alto salário em outro país, brasileiros fazem especialização em cursos com versões em português
Dekassegui é qualquer pessoa que deixa sua terra natal para trabalhar, temporariamente, em outra região. O termo dekassegui é formado pelas palavras japonesas deru (sair) e kasegu (ganhar dinheiro).
Quem tem trabalho especializado ganha mais
Muitos brasileiros reclamam que mal conseguem guardar dinheiro atualmente, no Japão. Mas há quem tenha encontrado um meio de obter remunerações acima da média. Isso é possível em postos de trabalho especializados, que exigem alguma habilidade específica, como o manuseio de equipamentos de solda, empilhadeira, escavadeira e guindaste, além do “tamakake” (amarração de cargas).
A procura por cursos de empilhadeira e tamakake (preparo e içamento de cargas) está em alta devido ao aumento da demanda por essa qualificação.
Para exercer uma dessas funções, é preciso ter licenças específicas, que podem ser obtidas em cursos rápidos – que duram de 11 a 31 horas. O que poucos sabem é que esses cursos possuem versões em português, com turmas criadas especialmente para brasileiros.
Relativamente baratos, eles podem custar entre 40 mil e 60 mil ienes, média de R$ 500,00, junto a empresas brasileiras de assessoria profissionalizante, valores que já incluem o encaminhamento de toda a documentação necessária, o acompanhamento nas aulas e o fornecimento de apostilas em português.
Qualificação ajuda na hora de concorrer a uma vaga no setor
Além da possibilidade de ganhar mais, o trabalho especializado pode representar outras vantagens, como rotina menos repetitiva e menos estressante do que a rotina de fábrica.
O número de trabalhadores estrangeiros sem qualificação adequada na construção civil e em fábricas no Japão é grande, o que aumenta a possibilidade de ocorrência de acidentes de trabalho. Há quem atue em vagas especializadas, mesmo sem a devida formação técnica, o que é muito arriscado. Em caso de acidente, não é possível reivindicar seus direitos.O curso oferece essa garantia.
Os formados recebem uma carteira válida em todo o Japão. Quase três mil estrangeiros já concluíram cursos no País, para frequentar, o candidato precisa entender um pouco de japonês. Mas existem apostilas em português e espanhol.
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