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quarta-feira, 2 de março de 2011

Sob a névoa da guerra


Maiores reservas nacionais de petróleo do mundo estão na região de conflitos políticos do mundo árabe e do Oriente Médio

Barris de petróleo e de pólvora

Além das complexas questões políticas por trás da série de revoltas em países do mundo árabe e do Oriente Médio, alguns aspectos econômicos ajudam a explicar o por quê da tensão que se espalhou pelo mundo desde que os conflitos começaram. Um dos principais é o fato de que praticamente 80% das reservas mundiais de petróleo estão sob controle dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). E dos 12 países membros da OPEP, sete são árabes e há ainda o Irã, importante país do Oriente Médio.

Segundo informações da própria organização, os países membros têm reservas equivalentes a 1,06 trilhão de barris de petróleo. Dos 10 países com as maiores reservas de petróleo no mundo, seis estão localizados na região dos conflitos. Dentre eles, a Líbia, que tem hoje a situação política mais delicada. Há mais de uma semana a população tem saídoàs ruas para exigir a renúncia do ditador Muammar Kadafi. As manifestações da oposição têm sido duramente reprimidas pelo líder do país, dando origem a conflitos sangrentos. A Líbia detém 4,4% das reservas da OPEP, com 46,4 bilhões de barris de petróleo.


 A instabilidade na região tem impacto direto no preço do petróleo no mundo todo. À medida que a violência na Líbia aumenta, analistas preveem cotações cada vez maiores para o preço do barril nos mercados. Chegou-se a falar que o valor do petróleo pode chegar a níveis tão elevados que são comparáveis ao período da Guerra do Golfo, nos anos 80.


 Além da Líbia, Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos há outros países na linha do rastilho de pólvora responsáveis pelas explosões de revoltas no mundo árabe. Todos eles figuram entre os principais produtores e exportadores de petróleo.

As jazidas na remota região do sudoeste da Líbia, operadas em sua maioria pela italiana Eni e a espanhola Repsol YPF, seguem sob as tropas leais ao coronel Kadafi.

Dos seis principais terminais dedicados à exportação de petróleo, as forças fiéis a Kadafi parecem controlar Ras Lanuf, o segundo em volume, pela qual exportaram 195 mil barris por dia em janeiro.

No entanto, executivos da indústria indicam que essas jazidas estão produzindo pouco e assinalam que o terminal de exportação do petróleo, o de Zawiya, cerca de 40 quilômetros ao oeste de Trípoli, está nas mãos de rebeldes.

Atualmente o Brasil tem uma reserva de aproximadamente 14 bilhões de barris. Considerando as estimativas de que o petróleo da camada pré-sal elevará esta quantidade para aproximadamente 28 bilhões, o país pode chegar à 12ª posição no ranking, ultrapassando os Estados Unidos (19,1 bilhões de barris) e o Catar (25,38 bilhões).

terça-feira, 1 de março de 2011

Heróis de guerra


Aviões e navios tiram refugiados da Líbia

O mundo tem acompanhado a situação das sanções à Líbia. Com o agravamento da crise no País, milhares de trabalhadores estrangeiros decidem deixar o país pelo ar e pelo mar. Mas, você sabe como são esses equipamentos que salvam milhares de pessoas? Seja numa guerra civil, mundial, ou um pequeno conflito, eles são os heróis.

Como é fabricado um avião?

Matéria-prima

No processo de fabricação são utilizadas matérias-primas especiais de baixo peso e alta resistência mecânica, tais como liga de alumínio, titânio, aço inoxidável e materiais compósitos, que cumprem os requisitos do projeto de engenharia.

Conformação (estiramento) do revestimento da fuselagem

A chapa de liga de alumínio (lateral do avião) é conformada de acordo com a curvatura da fuselagem. Os painéis de revestimento (janelas do avião) são ajustados às suas dimensões e forma finais por uma máquina computadorizada de controle numérico (CNC) de cinco eixos. Depois, é realizado um processo de tratamento superficial anticorrosão.

Os painéis são unidos às cavernas e reforçadores, principalmente por meio de rebitagem, dando origem a um segmento de fuselagem. O selante é então aplicado, de modo a garantir a pressurização da cabine e evitar vazamentos.

Junção


Após a fabricação dos principais segmentos da fuselagem, estes são unidos por rebites e cintas (butt-joint splices), completando a fuselagem, também conhecida como “charuto”. Dutos, fios, cabos, sistemas hidráulicos, válvula e outros equipamentos são instalados.

A fuselagem é então pintada em uma cabine de pintura fechada, com temperatura e pressão controladas.

Montagem final

Neste ponto, os principais componentes, como asas, motores, estabilizadores e trens de pouso, são integrados à fuselagem.

Finalização

Os sistemas aviônico, hidráulico, de combustível e de comandos de vôo, como assentos, copa (galley) e toilete, entre outros componentes, são instalados.

Ensaios em solo

Todos os controles e sistemas são inspecionados e testados, por meio de bancada integrada de testes.

Os vôos de produção são realizados a fim de garantir que a aeronave cumpra todos os requisitos de projeto e de fabricação e, atenda os padrões das autoridades de certificação para a emissão do certificado de aeronavegabilidade (para uma operação segura).